Ao longo dos últimos anos, várias pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de compreender melhor a Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA), que afeta indivíduos desde a infância até à idade adulta.
Segundo Paula Barrias no livro Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência, “As evidências sugerem que esta Perturbação parece depender de anomalias no desenvolvimento do cérebro, decorrentes, sobretudo, de fatores hereditários, mais do que de fatores ambientais, embora a estes últimos possa ser atribuído um papel modelador.”.1
Os sintomas considerados típicos da PHDA, não são exclusivos desta perturbação, visto que se trata de uma patologia bastante heterogénea. Assim, crianças com dificuldades de atenção, podem ter outros problemas como ansiedade, depressão, ou desmotivação, dificultando o diagnóstico da PHDA.
“Frequentemente, os sintomas da PHDA exacerbam-se no contexto escolar ou noutras situações que exigem uma atenção e um esforço mental mais prolongados”.1
A avaliação clínica desta patologia, realizada pelo pedopsiquiatra e por uma equipa multidisciplinar, é muito importante tendo em conta as suas características. É necessária uma análise rigorosa de vários fatores pessoais e sociais, bem como o despiste de outras perturbações.
Para além da controvérsia existente, o tratamento da PHDA envolve “medidas psicoeducativas, treino parental e intervenções comportamentais no contexto familiar, intervenções comportamentais no contexto escolar, terapia cognitivo-comportamental dirigida à criança/adolescente, tratamento farmacológico, abordagens nutricionais.”.2
É de extrema importância uma intervenção precoce, bem como o envolvimento dos cuidadores como agentes de mudança.1
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Referências Bibliográficas:
1 MONTEIRO, Pedro (2014), Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência. (pp. 115-134) LIDEL-Edições Técnicas, Lisboa.
2 TAYLOR E, DOPFNER M, et al. (2004) “European clinical guidelines for hyperkinetic disorder – first upgrade”. European Child Adolescent Psychiatry, 13 (Suppl. 1), 7-30.
