O Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais [1], refere que pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo apresentam dificuldades em comunicar e interagir com outras pessoas, padrões restritos e comportamentos repetitivos. Estes sintomas estão presentes desde os primeiros anos de vida, prejudicando a capacidade da pessoa para funcionar adequadamente na escola, no trabalho e em outras áreas da vida.
Segundo Maria do Carmo Santos e Paula Pinto de Freitas, “embora existam relatos que sugerem que o autismo terá existido desde sempre, este quadro foi reconhecido por Leo Kanner (1894-1981) num grupo de crianças que apresentavam um desenvolvimento distinto das suas interações socias, já que se interessavam mais por objetos do que pelas pessoas.” [2]
Durante muito tempo o autismo foi visto como uma forma precoce de esquizofrenia ou de psicose infantil, até que em 1980, foi incluído no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais [3] como uma perturbação do desenvolvimento. [2]
Um diagnóstico precoce assume, desta forma, um papel muito importante para que se consiga estabelecer uma intervenção, que pode alterar o desenvolvimento e o futuro das pessoas com autismo. [2]
Partindo do que nos é dito no livro “Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência” [2], até à data não existe uma cura para a Perturbação do Espectro do Autismo, no entanto se existir uma intervenção e uma educação adequada, é possível melhorar significativamente a vida das pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo e das suas famílias. [2]
Segundo o mesmo, os programas de tratamento que demonstraram melhores resultados até agora são aqueles que se centram na relação pais-criança. “O envolvimento da família no tratamento é fundamental, tendo em conta as suas preferências e recursos, sem esquecer que deve ser também apoiada emocionalmente pelos técnicos (…)” [2].
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Bibliografia:
1 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. (2013) Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5ª Ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.; (p. 53)
2 Pedro Monteiro; setembro de 2014; Psicologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência; Copyright; LIDEL – Edição Técnica, Lda.; (pp. 137-153)
3 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. (1980) Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (3ª Ed.). Washington, DC: American Psychiatric Association.