A Organização Mundial de Saúde já considera a dependência de videojogos como doença mental?
Ainda que possa parecer exagerado, a verdade é que os efeitos da dependência de videojogos estão a ser comparados a drogas de abuso, como a heroína.
Um exemplo recente diz respeito ao jogo online gratuito “Fortnite”, que tem mais de 200 milhões de jogadores e está indicado para maiores de 12 anos, embora seja jogado por muitas crianças com idades inferiores. O jogo consiste em realizar batalhas online, num cenário apocalíptico, com o objetivo de ser o único sobrevivente.
De facto, estudos revelam que o jogo está a tornar as crianças mais “agressivas e violentas” e a preocupação aumenta se tivermos em consideração que, por exemplo, no Reino Unido o número de jovens internados devido à adição deste jogo tem crescido exponencialmente.
Com efeito, perturbações de ansiedade, problemas de comportamento e cyberbullying têm sido algumas das consequências diretas associadas ao uso exagerado do jogo por parte de crianças e jovens. Para além disso, também entre os adultos, estudos indicam ser uma potencial causa de divórcios e de lesões físicas, devido ao número de horas passadas a jogar.
Do ponto de vista fisiológico, este e outros videojogos envolvem os circuitos de prazer, aumentando os níveis de dopamina no cérebro, tal como acontece nas dependências de álcool e droga.
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Newport Academy. (2018). Can Teens Get Addicted to Fortnite? https://www.newportacademy.com/resources/mental-health/addicted-to-fortnite/
Rehbein, F., Kleimann, M., & Mossle, T. (2010). Prevalence and risk factors of video game dependency in adolescence: results of a German nationwide survey. Cyberpsychol Behav Soc Netw, 13(3), 269-277.