O outono chegou e, com ele, os dias mais curtos e mais cinzentos. Para algumas pessoas a chegada do outono é vista como um conforto, no entanto, especialmente para quem habita em regiões onde o outono/inverno se apresenta mais rigoroso, a transição para este período do ano particularmente delicado nem sempre é fácil [1].
Embora não se conheçam precisamente as causas associadas a esta mudança comportamental, estudos [2, 3] sobre a influência da luz natural na produção de melatonina e serotonina – hormona e neurotransmissor responsáveis pela regulação de fatores como apetite, humor e sono – revelam alterações na sua produção durante dias mais sombrios, influenciando o processo biológico de cada ser humano. “É difícil determinar para cada pessoa, em particular, o peso dos fatores biológicos, sociais e psicológicos”, refere o psicólogo Vítor Rodrigues às Notícias Magazine [4].
Sintomas como a perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa e baixa autoestima, perturbação do sono ou do apetite, sensação de cansaço e baixo nível de concentração manifestam-se de uma forma mais agudizada perante o sentimento de melancolia proeminente a esta altura do ano [5].
Porém, segundo o Psicólogo Vítor Rodrigues, existem algumas medidas como: “aumentar o contacto com a natureza, praticar desporto, evitar os açúcares na alimentação, ter contacto com a arte, conviver, recordar boas memórias, expressar emoções. Tudo ajuda para que o tempo mais escuro não tenha um efeito nefasto.” devendo ser reforçadas nesta altura para mitigar o efeito depressivo [4].
A depressão pode ser tratada, procure ajuda adequada.
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Bibliografia:
[1] – “O outono deixa-o diferente? Saiba como fugir à depressão – Observador.” Disponível em: https://observador.pt/2014/11/12/o-outono-deixa-o-diferente-saiba-como-fugir-depressao/ [Acesso: 10-Nov-2018]. [2] – K. V Danilenko, A. A. Putilov, G. S. Russkikh, L. K. Duffy, and S. O. Ebbesson, “Diurnal and seasonal variations of melatonin and serotonin in women with seasonal affective disorder.,” Arctic Med. Res., vol. 53, no. 3, pp. 137–45, Jul. 1994. [3] – A. Magnusson and D. Boivin, “Seasonal affective disorder: an overview.,” Chronobiol. Int., vol. 20, no. 2, pp. 189–207, Mar. 2003. [4] “Depressão sazonal: como dar a volta a este transtorno que ataca com o mau tempo.” Disponível em: https://www.noticiasmagazine.pt/2018/depressao-sazonal-dar-volta-transtorno-ataca-mau-tempo/ [Acesso: 10-Nov-2018]. [5] – Direção-Geral da Saúde – Depressão e outras Perturbações Mentais Comuns – “ENQUADRAMENTO GLOBAL E NACIONAL E REFERÊNCIA DE RECURSO EM CASOS EMERGENTES”, pp 5. Disponível em: https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/dms2017-depressao-e-outras-perturbacoes-mentais-comuns.aspx [Acesso: 10-Nov-2018].