Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Reabilitação Psicossocial constitui “um processo que oferece aos indivíduos que estão debilitados ou incapacitados, devido a perturbação mental, a oportunidade de atingir o seu nível potencial de funcionamento independente na comunidade, o que envolve tanto o incremento das competências pessoais como a introdução de mudanças ambientais” (OMS, 2001, p.62).
Ou seja, com a reabilitação psicossocial pretende-se a capacitação da pessoa com experiência em doença mental, preparando-a para a (re)inserção independente na comunidade, mediante as competências individuais e segundo os recursos formais (serviços pelos quais a pessoa está a ser apoiada, ex.: Segurança Social; Câmara Municipal; Centro de Saúde) e informais (pessoas significativas no processo de reabilitação da pessoa com doença mental, ex.: Familiares; Vizinhos; Amigos).
Os programas de reabilitação psicossocial desempenham um papel fundamental, uma vez que, ajudam os indivíduos a alcançar a sua funcionalidade de forma independente permitindo-lhes manter uma contribuição ativa para a sociedade em que estão inseridos.
Assim sendo, a reabilitação psicossocial pode ser formalmente apresentada como “um modelo que permite trabalhar pessoas com doenças mentais graves, a (re)aquisição do seu potencial máximo de funcionamento e a sua (re)integração na comunidade” (Krabbendam & Aleman, 2003; Hirdes & Kantorski, 2004; Cardoso, Caiaffa, Bandeira, Siqueira, Abreu & Fonseca, 2005).
Esta reabilitação tem como principais objetivos a emancipação da pessoa; a redução da discriminação e do estigma; a melhoria das competências sociais e pessoais e a criação de um sistema de suporte de longa duração.
A intervenção do serviço SIM assenta num modelo de Reabilitação Psicossocial, que tem como princípio garantir cuidados integrados na sociedade, por forma a desenvolver as suas práticas centradas no individuo, família e comunidade.
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Citação:
Krabbendam. I, & Aleman (2003). Cognitive reabilitation in Schizophnenia: a quantitative analysis of controlled studies. Psychopharmacology (169), 378-382.
Torralba F. (2010). A arte de saber escutar. Lisboa: Guerra e Paz Editores