Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “suicidam-se diariamente em todo o mundo cerca de 3000 pessoas – uma a cada 40 segundos – e, por cada pessoa que se suicida, 20 ou mais cometem tentativas de suicídio.”¹
Este grave problema de saúde pública é tópico de debate recorrente na maioria dos países. Infelizmente a sua prevenção e controlo não é fácil dadas as inúmeras circunstâncias que despertam comportamentos autodestrutivos no ser humano.
A falta de conhecimento sobre causas e fatores de risco para o comportamento suicida podem dificultar a procura de ajuda, pelo que, um dos maiores desafios passa, não só, pela mobilização de recursos para a promoção de iniciativas nas áreas de identificação e prevenção de comportamentos suicidas, assim como nas áreas de resposta e tratamento desta doença.²
Devido à reduzida informação sobre esta doença, surgem, por vezes, mitos e afirmações falaciosas, nomeadamente:
- “A pessoa que fala sobre suicídio não fará mal a si próprio, apenas quer chamar a atenção. Falso – Todas as ameaças devem ser encaradas com seriedade. Muitos suicidas comunicam previamente a sua intenção;
- A tendência para o suicídio é sempre hereditária. Falso – Há ainda dúvidas acerca desta possibilidade. Contudo, uma história familiar de suicídio é um fator de risco importante, particularmente em famílias onde a depressão é comum;
- As crianças não cometem suicídio. Falso – embora seja raro, as crianças podem cometer suicídio e qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado a sério.”³
Estes mitos sobre o comportamento suicida podem, por vezes, comprometer a identificação e correta prevenção da doença pelo que, uma apropriada disseminação de informação e a consciencialização são elementos essenciais para o sucesso dos programas de prevenção do suicídio.
É preciso falar! Falar é a melhor solução!
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Fonte: Direção-Geral da Saúde Programa Nacional para a Saúde Mental, Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013/2017 ¹(pág. 16) ²(pág.17, 32 e 33) ³(pág. 33 – 34): https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/plano-nacional-de-prevencao-do-suicido-20132017.aspx