Se 1 em cada 5 pessoas têm um problema de saúde mental, é muito provável que nós, ou um dos nossos familiares, amigos ou colegas venham a experienciar um problema de saúde mental. Apesar disso, a saúde mental está rodeada de estigma, preconceito, discriminação e medo.
O estigma causa medo, desconfiança e discriminação. É uma das maiores barreiras a uma vida completa e satisfatória. O estigma impede as pessoas de procurarem a ajuda que necessitam, podendo com isso, conduzir a varias formas de marginalização social, como por exemplo a dificuldade em procurar ou manter um emprego; fazer amigos ou ter uma vida social ativa.
A importância e a gravidade dos problemas de saúde mental, tal como o seu sofrimento, são subvalorizados. Os problemas de saúde mental são muitas vezes mais debilitantes do que a maior parte dos problemas de saúde física. Por exemplo: uma pessoa com depressão pode ter 50% mais de incapacidade do que uma pessoa com angina do peito, artrite, asma ou diabetes.
Se um familiar nos diz que teve um AVC, nunca nos lembramos de dizer: “Se teve um AVC é porque é fraco!”. Se um amigo nos conta que tem cancro, não nos passa pela cabeça dizer-lhe: “é só um cancro, isso passa!”. No entanto, é comum ouvirmos dizer que quem tem um problema de ansiedade ou depressão “está a fazer fita”, “não tem é força de vontade”, “precisa é de relaxar”, ….
Muitas vezes os sintomas de doença mental são desvalorizados e encarados como caprichos, preguiça ou falta de caracter: 75 % das pessoas com doença mental são alvo destes e de outros preconceitos. É importante relembrar que a dor mental é tão real quanto a dor física, muitas vezes é mais grave.
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Ordem dos Psicólogos Portugueses (2015): Manifesto Anti-Estigma. Lisboa